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A Mensagem

- A estrutura da obra remete ao esoterismo, podendo citar como exemplo o
número três, um número carregado de simbolismo esotérico. Não só a obra é
dividida em três partes, como, também, a última parte – O Encoberto - o é.

É fácil perceber em Mensagem um toque de grandiosidade invejado de Os
Lusíadas, a epopéia mãe. Tanto Pessoa quanto Camões contam feitos
grandiosos realçando-os por meio de uma teoria do heroísmo, pois não há neles, herói que
não brilhe, seja pela glória, seja pelo sofrimento.

Mensagem ainda pode ser considerado um artifício político, na medida em que
visa convencer sobre a necessidade e a possibilidade de Portugal vir a cumprir a
missão histórica de continuar as glórias de um passado saudoso.
Enquanto linguagem, o texto apesar de moderno, é escrito em tom grandioso
e solene.

O livro é dividido em três partes: “Brasão”, “Mar Português” e “O Encoberto”.
- Na primeira, Fernando Pessoa percorre a história de Portugal através de figuras
históricas, emissários e heróis a serviço da vontade divina. Parte da idéia que a
condução da história é resultado dos desígnios divinos e apresenta-se a formação
de Portugal como país.
- Na segunda, são referenciadas a expansão marítima e as conseqüentes
conquistas feitas pelos navegadores portugueses.
A decadência do reino e a esperança sebastianista são as notas dominantes
da parte final. O ideal patriótico é bem evidente, assim como a crença na
condução divina dos destinos da humanidade e da história.